Nydia Lícia fora há quatro meses diagnosticada com um câncer de pâncreas. A atriz faleceu às 4h30, no Hospital São Luiz, no Morumbi, Zona Sul da cidade de São Paulo.
Nascida em Trieste, Itália, em 30 de abril de 1926, morre aos 89 anos vividos intensamente sob regime da pura arte teatral. Nydia Licia deixou um legado imenso. Uma história a ser preservada. Exemplos de perseverança, dignidade e retidão de caráter. Na minha memória ela continuará sempre sendo linda como nesta foto. Um amor imenso que não poderá ser substituído.
A atriz veio para o Brasil em 1939, trabalhou como assistente de Pietro Maria Bardi, no Museu de Arte de São Paulo. Sua estreia no teatro deu-se no Teatro Experimental. Trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia desde sua fundação em 1948 até 1953. Com seu marido e meu pai, Sérgio Cardoso, reformou e inaugurou o Teatro Bela Vista (hoje Teatro Sérgio Cardoso).
Atriz, diretora, cenógrafa, tradutora, autora. Dirigiu e produziu também teatro infantil. Em 1969 foi para a recém fundada Televisão Cultura, da qual foi Assessora Cultural e Diretora do Departamento Cultural. No Rio de Janeiro dirigiu a TV Educativa. Entre 1991 a 2007 lecionou Rádio e TV na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado - SP). De 1991 a 2015 lecionou no Teatro Escola Célia Helena dando aulas de Voz e Interpretação de Texto.
É autora de duas peças de teatro e sete livros: “Ninguém se livra de seus fantasmas” publicado pela Editora Perspectiva e, para a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado, as biografias de Leonardo Villar, Rubens de Falco, Sérgio Cardoso, Raul Cortez, Célia Helena e “Eu vivi o TBC" (Teatro Brasileiro de Comédia).
Escreveu sobre a vida de ator Raul Cortez, tendo recebido o prêmio Jabuti, em Biografias. Em 2008 foi agraciada com o título de “Cidadã Paulistana”. Já em 2010, foi condecorada com o prêmio “Governador do Estado de São Paulo” como destaque de Cultural. (FM).
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