Jerônimo Francisco Soares (84) cresceu entre os versos e rimas da literatura de cordel. Filho do poeta e jornalista José Soares, Jerônimo se agradava com as letras rimadas, mas se encantava mesmo era com as formas que ilustravam as histórias.
Foi assim que, aos 10 anos, começou a entalhar desenhos em madeira. E daí surgiu uma trajetória de mais de 70 anos dedicados à xilogravura, um trabalho reconhecido pelo Prêmio Culturas Populares 2019 – edição Teixeirinha.
Como um artista de fato atuante, seu Jerônimo ainda contribuiu com a “xilo” ao aprimorar as ferramentas e técnicas que utilizava. Suas inovações fizeram com que as xilogravuras que produziu sejam únicas, com textura e profundidade diferenciadas. Uma de suas invenções, por exemplo, foi agregar uma base giratória à mesa de ilustração, para conferir maior facilidade na lida com a matriz, permitindo que os cortes na madeira sejam mais precisos.
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